Aristóteles
dividiu as virtudes em éticas (agir corretamente) e dianoéticas (deliberar
corretamente). As virtudes dianoéticas têm a ver com as escolhas acertadas. No
nosso dia-a-dia fazemos inúmeras escolhas, algumas não têm impacto ético, mas
outras podem ter. Além de fazermos escolhas devemos ter a firmeza para tentar
cumprir com aquilo que elas se propõem. Escolher acertadamente, na língua
grega, chama-se proairésis.
Segundo
Armendane (2010), Aristóteles considerava que a ação está diretamente relacionada
com o desejo (órexis), com o querer e
com a vontade (boúlesis) humana. O
desejo humano consiste no ansiar por um fim previamente estabelecido: a
felicidade (eudaimonia). De acordo
com Aristóteles, um ato só é voluntário quando quem o pratica conhece todas as
circunstâncias particulares inerentes à sua ação.
Aquele que confiar na parte racional da decisão deve preparar-se para uma atitude intelectual, denominada phrônesis, que significa prudência. A phrônesis era, de acordo com Aristóteles, a primeira virtude dianoética, a qual trata de estabelecer a medida razoável entre os extremos, para que o ser humano possa agir em conformidade com a reta razão. Ela representa a ética suprema por excelência e indica a habilidade do homem sábio de deliberar bem sobre o que é bom e conveniente para si mesmo, não apenas em relação a um aspecto particular, mas, sobretudo, acerca das coisas que nos levam a viver bem por toda a vida. Para Aristóteles, o homem prudente se constitui no modelo de realização concreta do bem.
Aquele que confiar na parte racional da decisão deve preparar-se para uma atitude intelectual, denominada phrônesis, que significa prudência. A phrônesis era, de acordo com Aristóteles, a primeira virtude dianoética, a qual trata de estabelecer a medida razoável entre os extremos, para que o ser humano possa agir em conformidade com a reta razão. Ela representa a ética suprema por excelência e indica a habilidade do homem sábio de deliberar bem sobre o que é bom e conveniente para si mesmo, não apenas em relação a um aspecto particular, mas, sobretudo, acerca das coisas que nos levam a viver bem por toda a vida. Para Aristóteles, o homem prudente se constitui no modelo de realização concreta do bem.
Analisando a
contribuição dessas ideias de Aristóteles para os dias de hoje, percebemos que
todos os dias, à quase todo momento, fazemos escolhas. Algumas são
aparentemente simples, como dirigir após ingerir bebida alcoólica; divertir-se
ao lado de pessoas que desconhecem limites
(estar no lugar errado, na hora errada e com pessoas erradas); acobertar
colegas que cometem pequenos delitos sendo conivente com os mesmos; não
devolver, ou nem tentar devolver, objetos encontrados; não arcar com suas
despesas quando isso é possível; deixar dívidas vencidas e usar o dinheiro para
outra finalidade; vender o voto; ignorar ajuda quando está ao nosso alcance;
não assumir a responsabilidade por atos falhos; etc. É claro que também existem
escolhas mais complexas e prejudiciais, as quais não acreditamos que sejam
inerentes ao caráter de nossos acadêmicos. São escolhas feitas deliberadamente
com o propósito de causar o mal aos outros.
Todas as nossas escolhas poderão ter
impacto sobre a nossa vida, permitindo-nos aproximação ou afastamento da
felicidade. Existem escolhas irremediáveis que trazem consequências
irreparáveis e aniquilam completamente a felicidade dos seus agentes e que,
portanto, tanto quanto possível, devem ser evitadas.
Bibliografia