FILÓSOFOS RENASCENTISTAS: NICOLAU
MAQUIAVEL (1469 – 1527); GALILEU GALILEI (1564 – 1642).
MAQUIAVEL – VIDA
Ø
Nasceu (1469) e morreu (1527) em
Florença.
Ø
Filho de um advogado empobrecido
que pertencera à nobreza.
Ø
Foi diplomata da república
florentina após a queda dos Médici (ao retornar acusaram-no de conspiração. Foi
preso, torturado e exilado).
Ø
Foi assessor de papas e cardeais.
Ø
Percebeu com astúcia como se dava,
na prática, a trama política e apresentou ao público aquilo que havia
percebido.
Ø
Em virtude de suas obras,
sobretudo a mais conhecida, O príncipe (1513), tornou-se amado por
alguns, odiado por outros, mas poucos lhe foram indiferentes.
OBRAS
Ø
O Príncipe (1513).
Ø
Discurso sobre a segunda década de
Tito Lívio (1513).
Ø
A arte da guerra (1521).
Ø
Histórias florentinas (1525).
PENSAMENTO: importância
Ø
Depois dele, a política nunca mais
foi exercida como era antes.
Ø
Ele concedeu autonomia à esfera
política.
Ø
Política passou a ser a arte de
alcançar e se manter no poder.
Ø
O príncipe buscou mostrar
como a política acontecia de verdade (real, não ideal).
PENSAMENTO: Os fins justificam os meios
Ø
As virtudes políticas, não são as
mesmas do cristianismo.
Ø
A política não surge da vontade de
Deus, da razão ou da natureza (causa externa), mas tem causa interna.
Ø
Tem um mecanismo próprio:
conquistar e manter-se no poder.
Ø
Moralidade e política são
distintos.
PENSAMENTO: Respeitado e temido sempre; talvez amado;
nunca odiado
Ø
Os homens esquecem mais rápido a
morte do pai que a perda do patrimônio.
Ø
Novos benefícios não apagam
antigas ofensas.
Ø
O príncipe virtuoso deve evitar
ser odiado, mas se tiver de escolher entre ser temido ou amado que seja temido.
Ø
“É mais seguro ser temido do que
amado. (...) Os homens relutam menos em ofender aos que se fazem amar do que
aos que se fazem temer”.
PENSAMENTO: virtú e fortuna
Ø
“Fortuna” lat. acaso, sorte; Aqui
“ocasião propícia”, “momento oportuno”.
Ø
É a chave para o êxito da ação
política: ocasião aproveitada pela virtú.
Ø
O príncipe deve estar sempre
atento aos sinais da fortuna, mantendo-se à frente dos acontecimentos,
procurando dirigir seu rumo.
Ø
Virtú: capacidade de
perceber, ou criar, a ocasião propícia (fortuna) para agir de modo a
alcançar os fins políticos almejados, o poder.
Ø
Virtú “é a velha virtus
latina, que aqui significa ‘energia’, ‘vigor’, ‘decisão’.
Ø
Apenas a virtú pode
capturar a fortuna, essência da transformação das coisas”.
Ø
A virtú do príncipe (≠ xtãs) deve permitir enfrentar
e contornar (ou eliminar) adversidades.
PENSAMENTO: O leão e a raposa
Ø
Há dois modos de combater: um
pelas leis, outro pela força. O primeiro é próprio dos homens. O segundo, dos
animais.
Ø
O primeiro método pode ser
insuficiente, deve-se aprender a usar o segundo.
Ø
Um príncipe sendo obrigado a saber
lutar como um animal, deve imitar a raposa e o leão.
Ø
O leão não sabe proteger-se das
armadilhas (como bem sabe a raposa).
Ø
A raposa não consegue defender-se
dos lobos (como o sabe e consegue o leão).
Ø
O príncipe deve ser uma raposa para reconhecer
as armadilhas e um leão para assustar os lobos“.
GALILEI – VIDA
Ø
Nasceu em Pisa e morreu em
Florença.
Ø
Aos 17 anos, começou a estudar
Medicina, mas o seu gosto era pela observação e rigor do raciocínio.
Ø
Mesmo contrariando seus
familiares, passou a estudar Matemática, concomitante com Medicina, e aos
poucos abandonou a ciência de Hipócrates.
Ø
Aos 25 anos, tornou-se professor
de Matemática na Universidade de Pisa, mudando dois anos depois, para a
Universidade de Pádua.
Ø
Em 1609, ficou sabendo que na
Holanda havia sido construído um telescópio, buscou informações, aperfeiçoou
esse instrumento e começou a fazer observações astronômicas.
Ø
Um ano depois, escreveu um livro O
mensageiro celeste, em que descreve as montanhas da lua, quatro satélites
de Júpiter, as fase de Vênus, as formas de Saturno e as manchas solares.
Ø
Ao perceber que as manchas solares
mudavam de posição, concluiu que isso só era possível porque a Terra estava
girando em torno do Sol.
Ø
Em uma carta de 1610, Galileu
Galilei afirmou que gostaria que lhe acrescentassem ao título de matemático
também o de filósofo.
Ø
É preciso lembrar que filósofo era
aquele que estudava a natureza, os corpos e seus fenômenos.
Ø
Diz ele ter “estudado mais anos de
Filosofia do que meses de Matemática pura.
Ø
Galileu tornou-se o criador da
Física moderna quando enunciou as leis fundamentais do movimento.
Ø
Foi um dos maiores astrônomos de
todos os tempos, pelas observações pioneiras que fez com o telescópio.
Ø
Galileu é mais importante pelas
contribuições que fez ao método científico do que propriamente pelas revelações
físicas e astronômicas encontradas em suas obras.
Ø
O método desenvolvido por Galileu
foi uma revolução na ciência e consistia de três princípios:
I - observação dos fenômenos sem influências religiosas ou
extracientíficas;
II - experimentação: nenhuma afirmação, que se pretenda
científica, deve prescindir da verificação de sua legitimidade;
III - que se descubra a regularidade matemática do evento
estudado.
Ø
Com Galileu, o mundo se transforma
em números e a natureza deixa de ter causa final.
Ø
A noção geral de movimento muda de
significado. Galileu o relativiza, definindo-o como deslocamento de uma coisa
em relação a outra.
Ø
Mas ele não fez essas mudanças sem
sofrimento, pois em 1610 foi aconselhado a manter silêncio sobre suas ideias e
em 1616 suas obras foram incluídas no Índex de Livros Proibidos.
A teologia vai deixando de ser a “ciência das ciências” e as diversas
esferas do saber (disciplinas) vão se emancipando, ganhando autonomia, vida
própria com objetos e métodos próprios.