terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

EDUCAR PARA A VIDA E A FELICIDADE

 

Por mais que os índices de formação escolar atuais estejam constantemente apresentando melhorias, e com isso consigamos importantes avanços tecnológicos e científicos, os problemas éticos e sociais parecem não apresentar os mesmos progressos e sinalizam que há um distanciamento entre a visão de mundo atual e a construção de um mundo melhor e mais justo. Vemos isso diariamente nos jornais e revistas quando pessoas com ótima formação escolar saem algemadas de suas casas e vão parar no banco dos réus.

Um dos motivos disso estar acontecendo pode ser porque as virtudes originariamente presentes na transmissão do saber foram adquirindo finalidade prática ou então foram substituídas por outras com este fim, de modo que honra, coragem e prudência, por exemplo, cederam lugar, à excelência em atendimento, ao despertar necessidades e à empatia com o cliente, pois o outro é agora um cliente ou consumidor; um instrumento para se adquirir recursos, uma vez que o relacionamento passa a ser intermediado pelo elemento econômico ou pelo recurso financeiro.

Nos dias atuais, parece que o sucesso acadêmico está sendo medido mais pelo sucesso financeiro do que pela melhoria de caráter do cidadão. Porém, acima do julgamento acerca do aspecto positivo ou negativo de tais mudanças, cabe o despertar da consciência acerca do modo como isto poderá nos auxiliar permitindo antever, tanto quanto possível, a educação do futuro. Só conhecendo o passado, vivendo o presente e buscando antever o futuro é que poderemos tê-lo mais próximo de nossas mãos e não sermos por ele surpreendidos.

Queremos com isso mostrar que a educação é o princípio por meio do qual a comunidade humana conserva e transmite a sua peculiaridade pela vontade consciente e a razão. Uma educação consciente eleva a capacidade a um nível superior e cria melhores formas de existência humana. Na educação a força vital criadora atinge um alto grau de intensidade através do conhecimento e da vontade, dirigida para a consecução de um fim. A educação pertence por essência à comunidade, faz parte do caráter comunitário do homem enquanto zwon politikon (zoon politikon – animal político) e é fonte de toda ação e de todo comportamento. O influxo da comunidade tem força maior no educar entendido como resultado da consciência viva de uma comunidade humana. A educação participa no crescimento da sociedade, pois a história da educação está condicionada pela transformação dos valores para cada sociedade.

Educação e cultura

Contudo, a educação fica impossibilitada de ocorrer quando a tradição é destruída, e é bom lembrar que a estabilidade também pode ser indício de momentos finais de uma cultura. Qualquer povo altamente organizado tem um sistema educativo, mas nenhum igual ao ideal grego de formação humana. Falar de uma multiplicidade de culturas pré-helênicas é uma falsificação histórica, pois o mundo que se inicia com os gregos é, pela primeira vez de modo consciente, um ideal de cultura como princípio formativo.

O que hoje denominamos cultura não passa de um produto deteriorado. A Paidéia não é para os gregos um “aspecto exterior da vida” e por isto convém nos assegurarmos do seu autêntico sentido. É preciso voltar os olhos para as fontes de onde brota o impulso criador do nosso povo. Colocar conhecimentos como força formativa a serviço da educação e formar verdadeiros homens é uma ideia que só podia amadurecer no espírito daquele povo. Os gregos viram pela primeira vez que a educação tem de ser também um processo de construção consciente.

Para todos os povos o conteúdo da educação parece ser o mesmo: moral e prático, ao mesmo tempo; reveste-se da forma de mandamentos e se apresenta como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais à qual os gregos deram o nome de téchne (τέχνη). Os preceitos foram mais tarde incorporados à lei dos Estados gregos, mas as regras das artes e ofícios resistiam à exposição escrita dos seus segredos; e o contraste entre estes dois aspectos da educação pode ser acompanhado ao longo da história.  

Ao distinguirmos as expressões educação e formação, percebemos que a formação se manifesta na forma integral do Homem, na sua conduta e comportamento exterior e na sua atitude interior, produtos de uma disciplina consciente, o qual a princípio limitava-se à nobreza; porém, a sociedade burguesa adotou a ideia e converteu-a num bem universal para todas as gentes. A nobreza é a fonte do processo espiritual pelo qual nasce e se desenvolve a formação de uma nação; a formação é a forma aristocrática de uma nação, um ideal definido de homem superior.

Paideia e mito

A palavra Paidéia só aparece no século V, com Ésquilo em Sete contra Tebas, e tinha o significado de “criação de meninos”, adquirindo mais tarde um sentido mais elevado na formação grega, identificado com a aretê, equivalente a “virtude”, como expressão do mais alto ideal cavaleiresco unido a uma conduta cortês e distinta e ao heroísmo guerreiro. É no conceito de aretê que se concentra o ideal de educação dessa época.

Testemunho da cultura aristocrática é Homero com a Ilíada e a Odisseia, dando forma ao ideal de Homem e se convertendo em força de formação de muito maior amplitude. Em Homero aretê é usada no sentido de excelência humana e como superioridade de seres não humanos, sendo que o homem comum não tem aretê, pois ela é um atributo próprio da nobreza; senhorio e aretê não se separam e utilizam a mesma raiz aristós, superlativo de distinto e escolhido.

Só nos livros finais, Homero entende por aretê as qualidades morais e em geral designa por aretê a força e a destreza dos guerreiros e, acima de tudo, o heroísmo. A própria poesia reconhece, ao lado da aretê, outras medidas de valor, sobretudo, a prudência (sophrosyne) e a astúcia, mas a aretê estava enraizada na linguagem tradicional da poesia heroica. Também o adjetivo agathos, corresponde ao substantivo aretê de nobreza e bravura militar. Quase nunca tem o sentido posterior de “bom”, como aretê não tem o de virtude moral. No entanto, todas as palavras deste grupo têm em Homero um sentido “ético” mais geral e designam o homem nobre que se rege por normas certas de conduta; os mais altos preceitos de uma conduta distinta dimanam daquela fonte.

O sentido de dever é, nos poemas homéricos, uma característica essencial da nobreza. A força educadora da nobreza reside no fato de despertar o sentimento do dever. A luta e a vitória significam a comprovação da aretê conquistada na rigorosa exercitação das qualidades naturais. Vemos esta consciência pedagógica de nobreza nos jogos fúnebres em honra a Pátroclo morto e quando Glauco, ao enfrentar Diomedes no campo de batalha, inúmera seus antepassados ilustres: “Hipóloco me gerou, a ele devo a minha origem. (...) advertiu-me que lutasse por alcançar a mais alta virtude humana e fosse, entre todos, o primeiro”. O sentimento nobre formava a juventude heroica e a Ilíada testemunha a elevada consciência educadora da nobreza, apresentando uma nova imagem do homem perfeito, sendo Aquiles a expressão desse ideal; ele foi educado “para proferir palavras e realizar ações”.

Intimamente ligada à aretê está a honra, pois os gregos preferiam morrer a viver sem honra. Segundo Aristóteles a honra é a expressão natural da medida ainda não consciente do ideal de aretê; o homem homérico só adquire consciência do seu valor pelo reconhecimento da sociedade a que pertence. Para Homero a negação da honra era a maior tragédia humana; a ânsia de honra era insaciável e era natural que os heróis exigissem uma honra cada vez mais alta; o elogio e a reprovação são a fonte da honra e da desonra e foram considerados pela ética o fato fundamental da vida social, o pagamento era secundário. Até os deuses reclamam a sua honra e se comprazem no culto que lhes glorifica os feitos; ser piedoso quer dizer “honrar a divindade”. Tétis suplica a Zeus: “Ajuda-me e honra meu filho, cuja vida heroica foi tão breve. Agamêmnon arrebatou-lhe a honra. Honra-o tu”.

Educação e filosofia

O pensamento ético de Platão e Aristóteles baseia-se na ética aristocrática da Grécia arcaica, naturalmente diferenciado dos tempos homéricos. Aristóteles tem muitas vezes os olhos postos em Homero e é digno de nota que Aristóteles visse na altivez uma virtude que pressupõe todas sendo o mais alto ornamento. Ele reserva um lugar para a altiva aretê da velha ética aristocrática. A honra é o troféu da aretê e a altivez provém da aretê, não sendo por si mesma um valor moral. A aretê conserva sempre a forma recebida da velha ética aristocrática e neste conceito se fundamenta o caráter aristocrático do ideal de formação dos Gregos.

Aristóteles apresenta a aretê como uma autoestima elevada à sua maior nobreza e descobre uma das raízes originais do pensamento moral dos Gregos. O eu não é o sujeito físico, mas o mais alto ideal de Homem que todo nobre aspira. Só o mais alto amor deste eu é capaz de “fazer sua a beleza”, mas que é para Aristóteles esta beleza? São as ações do mais alto heroísmo moral: a defesa dos amigos, o sacrificar-se pela pátria, abandonar dinheiro e bens para “fazer sua a beleza”; e assim o heroísmo é o que há de mais peculiar no sentimento de vida dos Gregos; é a subordinação do físico a uma “beleza” mais elevada.

No Banquete, Platão mostra o sacrifício do dinheiro e dos bens para se alcançar o prêmio de uma glória duradoura, o que explicaria o impulso do homem mortal em busca da própria imortalidade. Percebe-se que é a ideia de aretê que liga os dois grandes filósofos ao poeta Homero.

Educar para o mercado de trabalho

Na idade moderna a divisão entre trabalho e lazer, conhecer e fazer, homem e natureza resultou na cisão dos conteúdos da educação. Esses dualismos culminaram na demarcação entre as mentes individuais e o mundo e entre uma mente e outra, bem como na antítese entre os conteúdos (relacionados ao mundo) e o método (relacionado à mente).

A educação que separa mente e mundo implica uma concepção errônea da relação entre conhecimento e interesses sociais. A identificação da mente como consciência psíquica privada é recente. Conhecedor era a “Razão”, quando o indivíduo conhecia era dxa, doxa (opinião). Entre os gregos, a observação era severa e o pensamento livre, porém faltava um método experimental e os indivíduos não podiam se envolver com o saber.

A Idade Média preocupando-se com a salvação da alma individual trata o conhecimento como algo dentro do indivíduo; no século XVI, com o individualismo econômico e político, era dever do indivíduo buscar o conhecimento por si mesmo mediante experiências privadas e pessoais; e assim a mente foi tomada como algo totalmente individual. Montaigne, Bacon e Locke denunciavam a aprendizagem adquirida por meio de outrem e afirmavam que mesmo as crenças verdadeiras não eram conhecimento sem a experimentação.

Esse isolamento se refletiu epistemologicamente criando um abismo entre a mente que conhece e o mundo conhecido. Partindo de sujeito e objeto criaram-se teorias que explicavam como eles se interconectavam para resultar em conhecimento. Tais teorias afirmavam que não podemos conhecer o mundo como ele é, só a impressões, ou que não existe mundo além da mente individual. Este individualismo traduziu-se em subjetivismo filosófico.

Os homens não estavam lutando para se libertar da conexão com a natureza e com os outros, mas lutando por maior liberdade na natureza e na sociedade. Queriam formar suas crenças sobre o mundo sem intermediários, em vez de recebê-las da tradição, pois sentiam que grande parte do que era tido como conhecimento era apenas opinião.

Note-se que na era moderna os homens não descartaram todas as crenças, mas partiram daquilo que era transmitido e investigaram criticamente suas bases e o resultado destas revisões foi uma revolução das concepções de mundo. Cada nova ideia se originava em um indivíduo, mas a sociedade governada pelo costume não encorajava o desenvolvimento de novas ideias, a tendência era suprimi-las tratando-as como meras fantasias. A liberdade de observação não foi facilmente assegurada, foi preciso lutar por ela; primeiro a sociedade permitiu e depois encorajou as reações individuais que se desviavam do costume. As teorias filosóficas consideravam a mente individual uma entidade apartada de outras mentes, permitindo que deste individualismo intelectual fosse formulado um individualismo moral e social.

Esse individualismo moral é estabelecido pelas separações conscientes entre as diferentes áreas da vida, onde a consciência de cada pessoa é um continente fechado em si, muito embora a ação se dê em um mundo público e comum. Admitida uma consciência egoísta, como pode ocorrer a ação voltada para os outros?

 

Assista ao vídeo disponível em https://www.youtube.com/watch?v=5zHFAFQ3vAc

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Riqueza não garante qualidade de vida

Nos países ocidentais, o crescimento econômico é a principal medida do bem-estar de uma população. Mas existem países que consideram outros fatores, como a preservação da natureza e da cultura e a própria felicidade.  

O Produto Interno Bruto (PIB) per capita e o crescimento econômico são normalmente os indicadores utilizados para medir o bem-estar e a qualidade de vida de um país. A suposição básica é que crescimento significa riqueza, e quando a economia está bem todos ficam satisfeitos.

No entanto, já há 40 anos o Clube de Roma, organização que reúne especialistas internacionais para lidar com questões como sustentabilidade, alertou em seu relatório Limites do crescimento que uma economia baseada apenas na exploração de recursos naturais, acompanhada por um aumento permanente da população mundial, leva à destruição dos fundamentos da vida.

Em 1987 foi a vez de o conceito de sustentabilidade aparecer pela primeira vez no debate internacional sobre desenvolvimento. O relatório final da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento afirmava que um desenvolvimento só pode ser sustentável se "satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades".

O presidente Evo Morales da Bolívia, país que insituia a política do "Buen Vivir" em 2009

Desenvolvimento em harmonia com a natureza

O conceito de Buen Vivir, ou Viver Bem, que o Equador e a Bolívia colocaram nas suas constituições, em 2008 e 2009, respectivamente, também se baseia no conceito de sustentabilidade. A intenção é reavivar os conhecimentos tradicionais e as experiências dos povos indígenas como alternativa ao capitalismo ocidental, visto como uma herança colonialista, responsável pela grande divisão social nos dois países.

No Buen Vivir, o foco não está em superar o subdesenvolvimento por meio do progresso econômico, mas por meio do progresso social. Este inclui a preservação da identidade cultural e das sabedorias tradicionais, assim como o acesso à educação. Bem-estar não é definido pelo crescimento material e consumo, mas pelo desenvolvimento em harmonia com a natureza.

A realidade econômica e social nos dois países ainda está longe desses objetivos, mas a filosofia do Buen Vivir deve ser vista como um caminho para a transformação social. Um passo inicial foi a criação da iniciativa Yasuní-ITT, que, em vez de incentivar a exploração das reservas de petróleo do parque nacional Yasuní, no Equador, visa proteger a biodiversidade da Amazônia e a população local. Em retorno, o país espera que a comunidade internacional compense metade da renda perdida com a não-exploração dos recursos naturais.

África: valorização da humanidade

O conceito de Buen Vivir está intrínsecamente ligado às tradições indígenas dos dois países andinos e não pode ser simplesmente aplicado em outras regiões. Mas a crença de que o homem é parte de um todo e que respeito, solidariedade e dignidade humana devem ser a medida para ações econômicas e políticas também integra o conceito Ubuntu, na África do Sul. O nome vem de dois idiomas Bantu (Zulu e Xhosa) e significa humanidade. Com outros nomes, o conceito também existe em outras partes do continente africano.

Na África do Sul, após o fim do regime segregacionista apartheid, o presidente Nelson Mandela colocou o Ubuntu no centro da ação política: humanidade e senso de comunidade deveriam formar os valores da nova nação que surgia. Com o tempo o conceito acabou sendo deixado de lado, mas o Ubuntu Education Fund (Fundo Ubuntu para Educação) permanece comprometido com os princípios que dão nome à organização, através do apoio a projetos de saúde e educação.

Nelson Mandela ao se tornar presidente da África do Sul tentou implantar a filosofia Ubuntu

Felicidade como política nacional

Como uma antítese budista à busca ocidental do lucro máximo, o rei do Butão formulou em 1972 a ideia de Felicidade Interna Bruta (FIB), que deveria ser mais relevante do que a performance econômica do país e se baseava em quatro pilares: proteção ao meio ambiente, preservação de valores culturais, desenvolvimento econômico e social para toda a sociedade e boa governança.

Ao implementar o seu FIB, o rei estabeleceu que saúde e educação deveriam ser gratuitas e mais de 30% do orçamento nacional, direcionado a gastos sociais. As florestas, que cobrem mais de 70% do território do país, se tornaram áreas de preservação. Investimentos públicos e novas propostas de legislação devem ser analisadas por um comitê especialmente criado para essa função. Caso os projetos não estejam de acordo com o conceito do FIB, eles devem ser debatidos no Parlamento e revistos.

O Centro de Estudos do Butão, que possui status de ministério, realiza regularmente pesquisas sobre o índice de felicidade entre a população. As perguntas são sobre renda, segurança no trabalho, acesso à educação e à saúde, condições do meio ambiente, bem-estar psicológico e disponibilidade de tempo. Ao menos 52% da população se considera "feliz", 45% se diz "muito feliz" e apenas 3% afirma estar "não muito feliz".

Indicadores globais de qualidade de vida

Os exemplos citados acima levam a crer que a estabilidade e o bom funcionamento das estruturas sociais, o conhecimento da própria identidade cultural, assim como a preservação do meio ambiente, são fatores essenciais para uma qualidade de vida satisfatória. Esses conceitos também têm em comum o fato de estarem fortemente enraizados nas tradições e religiões dos seus respectivos países, o que limita as possibilidades de exportá-los a outras nações.

Para tornar possível a comparação do bem-estar social em diferentes países e culturas, a ONU desenvolveu o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Nos relatórios anuais publicados desde 1990, não apenas a renda per capita é levada em conta, mas também a expectativa de vida e o nível de educação. A análise da expectativa de vida permite avaliar a situação dos sistemas de saúde, padrões de higiene e condições alimentares. O fator educação reflete o padrão de vida e a participação dos indivíduos na sociedade.

No topo da lista estão países ocidentais industrializados que se ocupam das questões do bem-estar social, como a Noruega, a Austrália e a Holanda. Os EUA estão na quarta posição, a Alemanha em nono e o Brasil é o 84º. Os últimos 15 países dos 187 dos listados no IDH estão na África subsaariana. O IDH da ONU é criticado por não levar em conta as questões ambientais.

Felicidade, mas a que preço?

Existe também o Happy Planet Index (HPI), ou seja, o índice de felicidade do planeta. A organização independente New Economics Foundation criou há sete anos o primeiro ranking que, além da expectativa de vida, analisa também a satisfação pessoal e a pegada ecológica das populações. São pesquisados, entre outros pontos, quantos recursos naturais são consumidos per capita para atingir o padrão de vida de um país.

No primeiro lugar no ranking de 2012 estava a Costa Rica, seguida do Vietnã. O Brasil está em 32º, a Alemanha ocupa a 46ª posição e os EUA ficaram em 105º lugar, bem atrás do Quirguistão (61º) e de Bangladesh (31º). Concluir que os americanos são mais infelizes que os quirguizes e os bengalis seria um exagero. o HPI apenas afirma que os americanos compram sua felicidade através do consumo excessivo de recursos naturais.

Autora: Mirjam Gehrke (rc)
Revisão: Alexandre Schossler

 

Extraído de https://www.dw.com/pt-br/riqueza-n%C3%A3o-garante-qualidade-de-vida/a-16568082

Acesso em 21.jan.2021.